20 julho 2016

Amizade



"Você se torna amigo de alguém sem saber ou se preocupar se ele é casado ou solteiro ou como ganha a vida. O que todas essas “coisas desprezíveis e rotineiras” têm a ver com a pergunta real: 
“Você vê a mesma verdade?” 
Num círculo de amigos verdadeiros cada homem é simplesmente o que é: 
não representa nada além dele mesmo. 
Ninguém se importa absolutamente com 
a família, profissão, classe social, renda, raça ou história prévia do outro. 
Você irá naturalmente ficar sabendo sobre a maior parte dessas coisas no final, mas casualmente. 
Elas virão aos poucos, para fornecer um exemplo 
ou uma analogia, para servir de ganchos para uma anedota, 
mas nunca por si mesmas. 
Essa a realeza da amizade.

Dois amigos ficam contentes quando chega um terceiro e três quando o quarto se reúne a ele, 
basta que o recém chegado tenha as necessárias quilificações para tornar-se um verdadeiro amigo. Eles podem dizer, como as almas abençoadas dizem em Dante:
 "Está chegando alguém que vai ampliar nosso amor". 
Pois neste tipo de amor "dividir não é remover".

A amizade é tão desnecessária quanto a filosofia, a arte, o próprio universo 
(pois Deus não precisava criar.). Ela não tem valor de sobrevivência; 
pelo contrário, 
é uma daquelas coisas que dá valor à sobrevivência."

[Trechos retirados do Livro: Os Quatro Amores - CS Lewis - cap. Amizade]

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